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quinta-feira, outubro 22

O Deus

O Deus tem sido reverenciado há eras. Ele não é a deidade rígida, o todo-poderoso do cristianismo ou do judaísmo, tampouco um simples consorte da Deusa. Deus ou Deusa, eles são iguais, unidos.
Vemos o Deus no Sol, brilhando sobre nossas cabeças durante o dia, nascendo e pondo-se no ciclo infinito que governa nossas vidas. Sem o Sol, não poderíamos existir; portanto, ele tem sido cultuado como a fonte de toda a vida, o calor que rompe as sementes adormecidas, trazendo-as para a vida, e instiga o verdejar da terra após a fria neve do Inverno.
O Deus é também gentil com os animais silvestres. Na forma do Deus Cornudo, Ele é por vezes representado com chifres em Sua cabeça, que simbolizam Sua conexão com tais bestas. Em tempos mais antigos, acreditava-se que a caça era uma das actividades regidas pelo Deus, enquanto a domesticação dos animais era vista como voltada à Deusa.
Os domínios do Deus incluíam as florestas intocadas pelas mãos humanas, os desertos escaldantes e as altas montanhas. As estrelas, por serem na verdade sóis distantes, são por vezes associadas a Seu domínio.
O ciclo anual do verdejar, amadurecer e da colheita vem há muito sendo associado ao Sol, daí os festivais Solares da Europa, os quais são ainda observados na Wicca.
O Deus é a colheita plenamente madura, o vinho inebriante extraído das uvas, o grão dourado que balança num campo, as maçãs vicejantes que pendem de galhos verdejantes nas tardes de Outono.
Em conjunto com a Deusa, também Ele celebra e rege o sexo. A Wicca não evita o sexo ou fala sobre ele por palavras sussurradas.
É uma parte da natureza e assim é aceito. Por trazer prazer, desviar nossa consciência do mundo quotidiano e perpetuar nossa espécie, é considerado um ato sagrado. O Deus nos imbui vigorosamente no desejo que assegura o futuro biológico de nossa espécie.
Símbolos normalmente utilizados para representar ou cultuar o Deus incluem a espada, chifres, a lança, a vela, ouro, bronze, diamante, a foice, a flecha, o bastão mágico, o tridente, facas e outros. Criaturas a Ele sagradas incluem o touro, o cão, a cobra, o peixe, o gamo, o dragão, o lobo, o javali, a águia, o falcão, o tubarão, os lagartos e muitos mais.
Desde sempre, o Deus é o Pai Céu, e a Deusa a Mãe Terra. O Deus é o céu, da chuva e do relâmpago, que desce sobre a Deusa e une-se a ela, espalhando as sementes sobre a terra, celebrando a fertilidade da Deusa.
Ainda hoje, as deidades da Wicca estão firmemente associadas à fertilidade, mas cada aspecto da existência humana pode ser associado à Deusa e ao Deus. Podem ser chamados para nos auxiliar a atravessar as vicissitudes de nossas existências e trazer prazer a nossas vidas normalmente carentes de espiritualidade.
Isto não significa que quando ocorrerem problemas devamos deixá-los nas mãos dos deuses. Esta é uma manobra de fuga, ao evitarmos lidar com os buracos no caminho da vida. Contudo, como Wiccanos nós chamamos pela Deusa e pelo Deus para limpar nossas mentes e ajudar-nos a nos ajudar. A magia é um excelente meio para tanto.
Após sintonizar-se com a Deusa e com o Deus, os Wiccanos pedem Seu auxílio durante o rito mágico que normalmente se segue.
Além disso, a Deusa e o Deus podem nos ajudar a mudar nossas vidas. Uma vez que as Deidades são as forças criativas do universo (e não apenas símbolos), podemos chamá-las para fortalecer nossos ritos e abençoar nossa magia. Novamente, isto vai contra a maioria das religiões. O poder está nas mãos de cada praticante, e não com sacerdotes ou sacerdotisas especializados que celebram tais feitos para as massas. Isto é o que torna a Wicca um meio de vida realmente satisfatório. Temos vínculos directos com as Deidades. Não precisamos de intermediários - sacerdotes, confessores ou xamãs. Nós somos os xamãs.
Para desenvolver um relacionamento com a Deusa e com o Deus, uma necessidade para os praticantes de Wicca, podemos seguir estes rituais simples.
À noite, sente-se ou permaneça de pé olhando para a Lua, se estiver visível. Se não, imagine a Lua mais cheia que já tenha visto com seu brilho branco-prateado na escuridão, directamente acima e diante de você.
Sinta a suave luz lunar beijando sua pele. Sinta-a tocando e misturando-se a suas próprias energias, mesclando-se e formando novos padrões.
Veja a Deusa em qualquer forma que desejar. Chame-a, entoando antigos nomes, se desejar: Diana, Lucina, Selena. Abra seu coração e sua mente para o aspecto da energia da Deusa manifestado na luz da Lua.
Repita este processo diariamente por uma semana, de preferência no mesmo horário da noite.
Concomitantemente a este exercício, sintonize-se com o Deus. Ao levantar-se pela manhã, não importa o quão tarde seja, fique de pé diante do Sol (através de uma janela se necessário, ou ao ar livre se possível) e mergulhe em sua energia. Pense no Deus. Visualize-o como quiser. Pode ser um poderoso guerreiro musculoso, erguendo uma lança em uma das mãos enquanto a outra segura uma criança ou um cacho de uvas coberto de orvalho.
Pode desejar entoar nomes do Deus, como Cernunnos, Osiris, Apolo, assim como com a Deusa.
Se não desejar visualizar o Deus (pois a visualização pode impor limitações), simplesmente entre em harmonia com as energias que emanam do Sol. Mesmo se nuvens bloqueiam o céu, ainda assim as energias do Deus lhe alcançarão. Sinta-as com toda a sua imaginação mágica.
Impeça que quaisquer outros pensamentos diferentes perturbem sua reverência ao Deus. Libere seus sentimentos; abra sua consciência para coisas mais elevadas. Chame pelo Deus com quaisquer palavras. Exprima seu desejo de sintonizar-se com Ele.
Pratique estes exercícios diariamente por uma semana. Se desejar explorar os conceitos da Deusa e do Deus, leia livros sobre mitologia de qualquer povo do mundo. Leia os mitos, mas procure pelos temas fundamentais. Quanto mais você ler, mais informações terá em suas mãos; no final, você mergulhará num banco de conhecimento desestruturado mas extremamente complexo sobre as deidades. Em outras palavras, passará a conhecê-las.
Se após sete dias sentir necessidade (ou desejo), prossiga com estes exercícios até sentir-se confortável com a Deusa e com o Deus. Eles têm sempre estado em nós e ao nosso redor; precisamos apenas abrir-nos para tal consciência. Este é um dos segredos da Wicca - O Divino habita em nós.
Em sua busca pelo conhecimento dos Deuses, passeie longamente sob as árvores. Estude as flores e as plantas. Visite locais silvestres, naturais e sinta a energia da Deusa e do Deus directamente - por meio do correr de um regato, pelo pulsar de energia proveniente do tronco de um velho carvalho, do calor de uma pedra aquecida pelo sol. Familiarizar-se com a existência das Deidades fica mais fácil pelo contacto real com tais fontes de energia.
A seguir, após ter atingido tal estado, pode ser que deseje estabelecer um altar ou santuário, permanente ou temporário, para a Deusa e para o Deus. Não precisa ser mais do que uma pequena mesa, duas velas, um incensário e um prato ou tigela com frutas, grãos, sementes, vinho ou leite.

A Deusa

A Deusa é a Mãe universal. É a fonte da fertilidade, da infinita sabedoria e dos cuidados amorosos. Segundo a Wicca, Ela possui três aspectos: a Donzela, a Mãe e a Anciã, que simbolizam as Luas Crescente, Cheia e Minguante. Ela é a um só tempo o campo não arado, a plena colheita e a Terra dormente, coberta de neve. Ela dá à luz abundância. Mas, uma vez que a vida é um presente Seu, ela a empresta com a promessa da morte. Esta não representa as trevas e o esquecimento, mas sim um repouso pela fadiga da existência física. É uma existência humana entre duas encarnações.
Uma vez que a Deusa é a natureza, toda a natureza, Ela é tanto a tentadora como a Velha; o tornado e a chuva fresca de primavera; o berço e o túmulo.
Porém, apesar de Ela ser feita de ambas as naturezas, a Wicca a reverencia como a doadora da fertilidade, do amor e da abundância, se bem que seu lado obscuro também é reconhecido. Nós A vemos na Lua, no silencioso e fluente oceano, e no primeiro verdejar da primavera. Ela é a incorporação da fertilidade e do amor.
A Deusa é conhecida como a Rainha do paraíso, Mãe dos Deuses que criaram os Deuses, a Fonte Divina, A Matriz Universal, A Grande Mãe e incontáveis outros títulos.
Muitos símbolos são utilizados na Wicca para honrá-la, como o caldeirão, a taça, o machado, flores de cinco pétalas, o espelho, colares, conchas do mar, pérolas, prata, esmeralda... para citar uns poucos.
Por governar a Terra, o mar e a Lua, muitas e variadas são suas criaturas. Algumas incluiriam o coelho, o urso, a coruja, o gato, o cão, o morcego, o ganso, a vaca, o golfinho, o leão, o cavalo, a corruíra, o escorpião, a aranha e a abelha. Todos são sagrados à Deusa.
A Deusa já foi representada como uma caçadora correndo com seus cães de caça; uma deidade celestial caminhando pelos céus com pó de estrelas saindo de seus pés; a eterna Mãe com o peso da criança; a tecelã de nossas vidas e mortes; uma Anciã caminhando sob o luar buscando os fracos e esquecidos, assim como muitos outros seres.
Mas, independentemente de como A vemos, Ela é omnipresente, imutável, eterna.

"O LADO BRUXO DE CADA UM!"

Olá gente encantada!Tudo bem com vocês?Vamos falar um pouco sobre o nosso lado bruxo. Preparadas/os?
Desde cedo, aprendemos que temos que ser bonzinhos para com todos, praticar só o bem e buscarmos a perfeição para sermos amados e aceitos.
Desde muito cedo, recebemos a mensagem clara ou subentendida de que não podemos decepcionar quem amamos, pois o castigo será terrível: não gostarão mais de nós.

E ai de nós, se nossos desejos forem diferentes, se tivermos limitações que impedirem de corresponder ao que planejaram para nossas vidas...

Desde crianças nos ensinam a só mostrar nosso lado "fada", aquele que nos torna servis e disponíveis para o desejo do outro, aquele que abdica de si mesmo para que o outro alcance o que aspira.

E, assim, pela vida a fora, tal aprendizado nos é cobrado, gerando um conflito interno, parceiro da culpa e de uma rejeição pelo que somos...

Em dado momento da vida, se você não se tornar auto-didata em dar voz ao seu lado "bruxa(o)", aquele que está atrofiado porque era feio e condenado desde a infância, aquele que faz parte de você e com quem você sempre travou uma luta de não aceitação por medo de ser rejeitado, você irá descobrir que não foi o dono real de sua história de vida, que não viveu realmente, só sobreviveu.
Numa cultura que idolatra o "belo", o "inteligente", o "vitorioso", o forte, só nos é autorizado praticamente a mostrar e a vivenciar nosso lado fada, um lado que considero incompleto e muitas vezes utópico, perfeccionista, de uma exagerada autocobrança, que nos afasta de nós mesmos e do amor que precisamos nutrir.

Ao contrário de uma visão tradicional, vejo o lado bruxa de cada um como sendo aquele que o torna mais humano e compreensível com as falhas da vida.
Enquanto que a fada vive de encantos luminosos, a bruxa faz uso da terra e do que nela existe, mesmo que aparantemente seja feio.

Imaginar a vida como um conto de fadas, onde sem "varinha de condão" não resolveremos nossos problemas e não venceremos os obstáculos, é algo fantasioso e desgastante.
A riqueza de sermos o que somos e que nos faz ser únicos resulta da união de tudo aquilo que habita dentro de nós e, principalmente, do acolhimento de nossas facetas consideradas "estranhas", diferentes ou inadequadas pelos demais.

Embora não tenham nos ensinado, "usar a vassoura" para eliminar o que diversas vezes nos atrapalha, como o que os outros esperam ou pensam de nós e construir nosso próprio caldeirão de valores e crenças, será a grande mágica da vida de quem sabe que é humano e se aceita como é.

HALLOWEEN E O GATO PRETO


GATO PRETO = SINAL DE SORTE
Para a sorte desses bichanos, alguns místicos relacionam a sua presença como um sinal de sorte. Algumas culturas dizem que a presença de um gato preto na casa pode trazer muito dinheiro, já que o animal é relacionado com a capacidade de autoconfiança, independência, liberdade e harmonia com o universo. Por esses grupos os gatinhos são bem tratados, já que se supõe que acariciá-los pode trazer sorte e fortuna.
CUIDADO COM O SEU GATINHO PRETO
Apesar de ser relacionado à sorte por algumas culturas, é mais comum encontrar gatos pretos sofrendo torturas e fazendo parte de rituais maldosos do que sendo bem tratados. Se você é dono de um bichano dessa coloração, seu cuidado deve ser redobrado, especialmente nessa época do Halloween. Tente evitar que ele saia sozinho em períodos noturnos ou que fique muito tempo longe de casa, para que não seja capturado por alguém com más intenções. Afinal, prevenir é melhor que remediar, não é mesmo?
ATENÇÃO AOS MAUS TRATOS
Se você desconfia de alguma ação ou se viu algo suspeito, o responsável pode ser denunciado ao Ministério Público ou em delegacias de todo o país, de acordo com aLei Federal 9605/98 que trata de crimes ambientais. A pena para o infrator pode variar de 3 meses a um ano. Faça sua parte, denuncie!
PREFERÊNCIA PELA ADOÇÃO DE GATOS PRETOS
Outra maneira de ajudar a proteger esses bichanos é dar preferência a eles em uma fila de adoção. Se você pretende adotar um gatinho, que tal escolher um de pelugem preta? Por causa da lenda que relaciona esses bichanos ao azar, eles são sempre deixados de lado em ONGs ou casas de adoção. Por esse motivo, pense em oferecer seu amor e carinho a esses felinos.
AJUDA A ONGS
As ONGs de proteção animal são as maiores responsáveis por direcionar cuidados a esses animais nessa época do ano, fazendo campanhas e aumentando o índice de denúncias por maus tratos. Se você já gosta de colaborar com essas organizações, que tal se filiar a uma? Se você não tem disponibilidade para oferecer seu trabalho, fazer uma doação também é uma ajuda sempre bem-vinda!
Agora que você entende melhor a relação entre os gatos pretos e o dia das bruxas, o que pretende fazer para ajudar a proteger esses animaizinhos? Já testemunhou algum ato de crueldade relacionado a essas superstições e distorções culturais? Comente aqui e conte como foi! Compartilhe suas histórias e experiências com a gente!

A Iniciação ao Primeiro Grau da Bruxaria

Formalmente a iniciação de primeiro grau torna-a uma bruxa(o) comum. Mas é claro que é um pouco mais complicado que isso.
Como todos os bruxos experientes, existem algumas pessoas que são bruxas (ou bruxos) de nascimento muitas vezes podem tê-lo sido desde uma encarnação passada. Uma boa Sumo-Sacerdotisa ou Sumo-Sacerdote costuma detectá-las. Iniciar um destes bruxos não é "fazer uma bruxa"; é muito mais um gesto bi-direccional de identificação e reconhecimento e claro, um Ritual de boas-vindas de uma mais-valia de peso ao Coventículo.
No outro extremo, existem os que são mais lentos ou menos aptos muitas vezes boas pessoas, sinceras e trabalhadoras que o iniciador sabe que têm um longo longo caminho a percorrer, e provavelmente muitos obstáculos e condições adversas a ultrapassar, antes de se poderem chamar verdadeiros bruxos. Mas mesmo para estes, a Iniciação não é um mero formalismo, se o iniciador conhecer a sua Arte. Pode dar-lhes uma sensação de integração, um sentimento que um importante marco foi ultrapassado; e apenas por lhes atribuir a qualidade de candidato, (apesar de não parecer terem qualquer dom), o direito de se auto-denominarem bruxos, encoraja-os a trabalhar arduamente para merecerem esta qualidade. E alguns menos aptos podem tomá-lo de surpresa com uma aceleração súbita no seu desenvolvimento após a iniciação; então saberão que a iniciação resultou.
No meio, encontra-se a maioria; os candidatos de potencial médio e forte capacidade de evolução que, se apercebem de uma forma mais ou menos clara que a Wicca é o caminho que têm procurado e porquê, mas que ainda estão no início da exploração das suas capacidades. Para estes, uma Iniciação bem conduzida pode ser uma experiência poderosa e incentivante, um genuíno salto dialéctico no seu desenvolvimento psíquico e emocional. Um bom iniciador tudo fará para que isso aconteça.
Na verdade, o iniciador não está sozinho na sua tarefa (e não nos estamos apenas a referir ao apoio de algum companheiro ou dos outros membros do Coventículo). Uma Iniciação é um Ritual Mágico, que evoca poderes e deve ser conduzido com a confiança plena que esses poderes invocados se irão manifestar.
Toda a iniciação, em qualquer religião genuína, é uma morte e renascimento simbólicos, suportados de forma consciente. No Ritual Wicca este processo é simbolizado pela venda e amarração, o desafio, a provação aceite, a remoção final da venda e das amarras é a consagração de uma nova vida. O iniciador deve manter este objectivo claro na sua mente e concentrar-se nele, e o Ritual em si deve provocar a mesma sensação na mente do candidato.
Em séculos mais remotos a imagem de morte e ressurreição era sem dúvida ainda mais notória e explícita e provavelmente desenrolava-se ainda com muito menos palavras. A famosa bruxa de Sheffield, Patricia Crowther, refere até que ponto ela teve esta experiência durante a sua Iniciação por Gerald Gardner. O Ritual era Gardneriano normal, basicamente da mesma forma que o descrevemos nesta secção, mas antes do Juramento, Gardner ajoelhou-se ao seu lado e meditou durante um bocado. Patricia enquanto esperava entrou subitamente em transe (que veio a descobrir mais tarde ter durado 40 minutos) ao que parece recordou uma reencarnação passada. Ela viu-se a ser transportada por um grupo de mulheres nuas numa procissão de archotes que se dirigia para uma caverna. Elas saíram, deixando-a aterrorizada no meio da escuridão absoluta. Gradualmente conquistou o seu medo, acalmou e no devido tempo as mulheres voltaram. Ficaram em linha com as pernas abertas e ordenaram-lhe que passasse, amarrada como estava, através de um túnel de pernas que se assemelhavam a uma vagina, enquanto que as mulheres uivavam e gritavam como se tivessem a ter um filho. Enquanto ela passava, foi puxada pelos pés e as amarras foram cortadas. A líder encarando-a "ofereceu-me os seus seios, simbolizando que me iria proteger como ela o faria aos seus próprios filhos. O corte das amarras simbolizava o corte do cordão umbilical". Ela teve que beijar os seios que lhe foram oferecidos, tendo sido depois salpicada com água ao mesmo tempo que lhe diziam que tinha renascido no sacerdócio dos Mistérios da Lua.
Gardner comentou, quando ela voltou à consciência: "durante muito tempo eu tive a ideia que se costumava fazer algo como aquilo que tinhas descrito e agora sei que não estava longe da verdade. Deve ter acontecido há séculos atrás, muito antes dos rituais verbais terem sido adoptados pela Arte."
A morte e o renascimento com todos os seus terrores e promessas, dificilmente poderia ser muito dramatizado; e temos a sensação que a recordação de Patricia era genuína. Ela obviamente é uma bruxa nata de há muito tempo atrás.
Mas vamos retornar ao Ritual Gardneriano. Para este efeito não tínhamos apenas três textos mas quatro; somados aos textos A, B e C (ver pág. 3?) existe a obra de Gardner denominada High Magic's Aid. Esta obra foi publicada em 1941, antes da cessação da lei Witchcraft Acts na Inglaterra e, antes dos seus livros Witchcraft Today (1954) e The Meaning of Witchcraft (1959). Neste, Gardner revelou pela primeira vez em ficção algum do material que tinha aprendido com o seu Coventículo. No Capítulo XVII a bruxa Morven faz o herói Jan atravessar a sua iniciação do 1º Grau e o Ritual é descrito em detalhe. Pensamos que essa descrição foi muito útil para a clarificação de um ou dois pontos obscuros, por exemplo, a ordem de "os pés nem estarem amarrados nem livres", que conhecíamos da nossa própria Iniciação Alexandrina, mas suspeitávamos estar deslocada. (5).
O Ritual de 1º Grau, provavelmente foi alterado pelo menos à data em que o Livro das Sombras, atingiu a fase do texto C. Isto acontece porque de entre o material incompleto na posse do Coventículo de New Forest teria sido naturalmente a parte que sobreviveu mais completa na sua forma original. Gerald Gardner não teria necessidade de preencher as falhas com material Crowleiano ou outro material não wiccano e desta forma Doreen Valiente não teve que sugerir o tipo de transcrição que era necessário "por exemplo para o da energia exortação".
Na prática wiccana, um homem é sempre iniciado por uma mulher e uma mulher por um homem. E apenas uma bruxa de 2º ou 3º Grau pode conduzir uma Iniciação. Existe uma excepção especial a cada destas regras.
A primeira excepção, uma mulher pode iniciar a sua filha ou um homem o seu filho, "porque são parte deles". Alex Sanders ensinou-nos que isto poderia ser feito numa emergência, mas o Livro das Sombras de Gardner não apresenta esta restrição.
A outra excepção, refere-se a única situação em que uma bruxa(o) de 1º Grau (e uma totalmente nova), pode iniciar outra. A Wicca põe grande ênfase na parceria de trabalho homem/mulher e muitos Coventículos ficam deliciados quando um casal avança para a Iniciação juntos. Um método muito agradável de levar a cabo uma dupla Iniciação como esta, é exemplificado pelo caso de Patricia e Arnold Crowther (que na altura ainda eram casados) por Gerald Gardner.
Gardner, começou por Iniciar Patricia enquanto Arnold esperava fora do quarto, então ele pôs o Livro das Sombras nas mãos dela incitando-a enquanto ela própria iniciava Arnold. "Esta é a forma que sempre foi feita", disse-lhe Gardner mas temos que admitir que esta forma era desconhecida para nós até lermos o livro de Patricia.
Gostamos desta fórmula; cria uma ligação especial, no sentido wiccano da palavra, entre os dois Iniciados desde o princípio no trabalho do Coventículo. Doreen Valiente confirmou-nos que esta era a prática frequente de Gardner, e acrescenta: "De outra forma, no entanto, mantinhamos a regra que apenas um bruxo de 2º ou 3º Grau poderia fazer uma Iniciação".
Gostavamos de mencionar aqui duas diferenças "para além dos pequenos pontos que se notam no texto", entre o Ritual de Iniciação Alexandrino e o Gardneriano, este último temos tomado como modelo. Não mencionámos estas diferenças com algum espírito sectário todos os Coventículos vão e devem fazer o que sentem melhor para eles mas apenas para registar qual é qual e expressar as nossas próprias preferências, aquelas que nos servem de modelo.
Primeiro, o método de trazer o Postulante para o Círculo. Na tradição Gardneriana ele é empurrado para o Círculo, por trás; depois da declaração do Iniciador, "Eu dou-te uma terceira para passares através desta Porta do Mistério", ele apenas acrescenta de forma misteriosa "dá-lhe".
O livro High Magic's Aid é mais específico: "Abraçando-o por trás com o seu braço esquerdo à volta da cintura e põe o braço direito dele à volta do seu pescoço e vira-se para ela e diz: "Eu dou-te a terceira senha; "Um beijo". Ao dizer isso, ela empurra-o com o seu corpo através da porta para dentro do Círculo. Uma vez lá dentro ela liberta-o, segredando: "Esta é a forma que todos são trazidos pela primeira vez para o Círculo" (High Magic's Aid, pág. 292).
É claro que, o acto de pôr o braço direito do Iniciador à volta do pescoço não é possível se os pulsos destes estiverem amarrados; e rodar a sua cabeça com a sua mão para o beijar sobre o ombro, é quase impossível se ele for muito mais alto que ela. Esta é a razão por que sugerimos que ela o beije antes de passar por detrás dele. É o acto de empurrar por trás que é a tradição essencial; por certo que o Coventículo de Gardner sempre o fez.
"Penso que a intenção original era ser uma espécie de teste", diz-nos Patricia, "porque alguém podia perguntar, como no High Magic's Aid, quem te trouxe para um Círculo?" a resposta era "Eles trouxeram-me por trás".
A prática Alexandrina era segurar os ombros do iniciado à sua frente, beijá-lo e então puxá-lo para dentro do Círculo, rodando-o em sentido deosil. Esta foi a forma como fomos os dois Iniciados e não nos sentimos pior por isso.
Mas não vemos nenhuma razão, agora, para partir da tradição original especialmente porque ela tem um interesse histórico inerente; por isso, viramo-nos para o método Gardneriano.
Quando Stewart visitou o Museu das Bruxas na Ilha de Man em 1972 (à data aos cuidados de Monique Wilson, a quem Gardner deixou a sua colecção insubstituível que ela mais tarde de forma imperdoável vendeu à América), Monique disse-lhe que como não tinha sido empurrado por trás para dentro do Círculo na sua Iniciação, "nenhuma verdadeira bruxa se associaria a ele". Então ela ofereceu-se para o iniciar "da forma devida". O Stewart agradeceu-lhe educadamente mas declinou o convite. As precauções e os formalismos poderiam ter um fundamento válido nos tempos das perseguições; insistir no assunto agora é mero sectarismo.
O segundo maior afastamento Alexandrino da Tradição reside no acto de tirar as medidas. Os Coventículos Gardnerianos retém a medida; os Alexandrinos da Tradição devolvem-nas ao Postulante.
No Ritual Alexandrino, a medida é tirada com um fio vermelho de linho, não composto, apenas da coroa aos calcanhares, omitindo as medidas da cabeça, peito e ancas. O Iniciador diz: "Agora vamos tirar-te as medidas e medimos-te da coroa da tua cabeça até às solas dos teus pés. Nos tempos antigos, quando ao tirarem a tua medida também retiravam amostras do cabelo e unhas do teu corpo. O Coventículo guardaria então a medida e as amostras e se tentasses sair do Coventículo trabalhariam com eles para te trazer de volta e nunca mais de lá sairias. Mas como vieste para o nosso Círculo com duas expressões perfeitas, Amor Perfeito e Confiança Perfeita, devolvemos-te a medida, e ordenamos-te que a uses no teu braço esquerdo".
A medida é atada à volta do braço esquerdo do Postulante até ao fim do Ritual, depois do qual, poderá fazer aquilo que entender com ela. A maior parte dos Iniciados destroem-nos, outros guardam-nos como recordação, outros põe-nos em medalhões e dão-nos de presentes aos seus companheiros de trabalho.
O simbolismo do "Amor e Confiança" no costume Alexandrino é claro, e alguns Coventículos podem preferi-lo. Mas sentimos que há ainda mais a dizer acerca do Coventículo guardar a medida, não como chantagem, mas como uma lembrança simbólica da nova responsabilidade do Iniciado perante o Coventículo. De outra forma não parece fazer sentido algum tirá-la.
Doreen diz-nos: "A ideia de devolver a medida é, na minha opinião, uma inovação de Sanders. Na tradição de Gerald, era sempre retida pelo Iniciador. Nunca, no entanto, existia alguma intenção que a medida fosse utilizada na forma chantagista descrita no Ritual Alexandrino. Ao invés, se alguém quisesse sair do Coventículo, eram livres de o fazer, desde que respeitassem da confiança dos outros membros e mantivessem os Segredos. Afinal de contas, qual é a lógica de manter alguém no Coventículo contra a sua vontade? As suas más vibrações só estragariam tudo. Mas nos tempos antigos a medida era usada contra qualquer pessoa que deliberada e maliciosamente traísse os Segredos. Gerald disse-me que "a medida era então enterrada num local lamacento, com a maldição de que apodrecesse, assim como o traidor". Lembrem-se, traição naqueles tempos era uma questão de vida ou de morte literalmente!"
Sublinhamos de novo perspectivas das diferenças em detalhe, podem ser fortemente mantidas, mas no final é a decisão do Coventículo que interessa quanto a uma forma particular, ou até em encontrar uma forma própria. A validade de uma Iniciação não depende nunca dos pormenores. Depende apenas, da sinceridade e efectividade psíquica, espiritual do Coventículo, e da sinceridade e potencial psíquico do Iniciado. É como diz a Deusa na Exortação: "E aquele que pensa em procurar-me, saiba que procurar apenas e ter compaixão não o ajudará, a menos que conheça o Segredo: que aquilo que não procure e não encontre dentro dele, então nunca o encontrará sem ele. Para verem, eu tenho estado contigo desde o Início; E Eu sou aquilo que se alcança no fim do desejo".
Dar importância demasiado aos pormenores tem sido, infelizmente, a doença de muitas doutrinas cristãs, incluindo aquelas que tinham as suas origens na beleza; os bruxos não devem cair na mesma armadilha. Somos tentados a dizer que as doutrinas deviam ser escritas por poetas e não por teólogos.
Uma palavra para os nomes Cernunnos e Aradia, os nomes de Deuses usados no Livro das Sombras de Gardner. Aradia, foi adoptada dos bruxos da Toscânia (ver o livro de Charles G. Leland, Aradia, O Evangelho do Bruxos); sobre as suas possíveis ligações celtas, ver o nosso livro Oito Sabbats para Bruxas, p. 84. Cernunnos (ou como lhe chama Jean Markale no seu Mulheres Celtas, Cerunnos) é o nome dado pelos arqueólogos ao Deus Cornudo celta, porque não obstante terem sido encontradas muitas representações deste, em todo o lado desde o Caldeirão Gundestrop até ao monte Tara (ver fotografia 10), apenas uma destas tem um nome inscrito um baixo relevo encontrado em 1710 na Igreja de Notre Dame em Paris, que se encontra agora no Museu de Cluny na mesma cidade. O sufixo "-os"sugere ter sido uma helenização de um nome celta; os druidas são conhecidos por serem familiares com o grego e terem usado este alfabeto para as suas transacções em assuntos vulgares, apesar neste caso as letras actuais serem romanas. Note-se também que o grego para "corno" é (Keras). Doreen Valiente sugere (e concordamos com ela) era na verdade Herne (como em Herne o Caçador, do Windsor Great Park). "Alguma vez ouviram o choro de um Veado (Fallow deer) no cio?" pergunta ela. "Ouvirão sempre durante o cio outonal do Veado na New Forest, e soa exactamente como "HERR-NN... Herr-rr-nn..." repetido vezes sem conta. É um som emocionante e nunca o esqueceremos. Agora, das pinturas rupestres em grutas e estátuas que encontramos dele, Cernunnos era eminentemente um Deus-Veado. Então como é que os mortais o denominaram melhor? Certamente pelo som que da forma mais intensa lembra um dos grandes Veados da Floresta".
Para cada um deles podemos acrescentar que o intercâmbio dos sons "h" e "k" é sugerido pelos nomes de lugares como Abbas em Donset, local do famoso Gigante de Hillside. Existe um número razoável de lugares denominados Herne Hill em Inglaterra, bem como duas Herne Villages, uma Herne Bay, uma Herne Drove, uma Hernebridge, uma Herne Armour, uma Herne Pound, e por aí fora. Herne Hill é algumas vezes explicado como significando "Monte da Garça" mas, como Doreen explica, as garças procriam junto aos rios e lagos e não em montes; "parece mais provável para mim que Herne Hill era sagrado para o Velho Deus".
No Livro Alexandrino das Sombras, o nome é "Karnayna" mas esta forma não surge em mais nenhum local, que quer eu quer a Doreen tenhamos visto. Ela pensa que "é provavelmente não concerteza uma confusão auditiva com Cernunnos. O nome actual pode ter sido omitido no livro de onde Alex copiou, e ele teve que se apoiar numa recordação verbal de alguém". (conhecendo o Alex, diriamos "quase de certeza"!)
No texto que se segue, o Iniciador pode ser a Sumo-Sacerdotisa ou o Sumo-Sacerdote, dependendo se o Iniciado for homem ou mulher; assim, referimo-nos ao Iniciador como "ela" por uma questão de simplicidade, e ao "Postulante" (mais tarde "Iniciado") como "ele" apesar de poder ser ao contrário, obviamente. O companheiro de trabalho do Iniciador, quer seja Sumo-Sacerdotisa ou o Sumo-Sacerdote, tem certamente também deveres a desempenhar, e é referido como o "Companheiro".

Ritual de Iniciação

O Ritual de Auto-Iniciação é um compromisso entre você e os Deuses, portanto deve ser feito em absoluta solidão. Escolha uma Lua Cheia, próxima de seu aniversário. Se possível vá à algum lugar próximo à Natureza. - Uma casa de campo ou praia, é o ideal. - No dia do Ritual, procure estar em contato com a Natureza. Tire o dia para descansar. Afaste-se um pouco da televisão, dos jornais e de todas as possíveis fontes de notícias negativas e de violência. Esqueça as contas, os problemas de família, e desligue o telefone. Escolha um local em que você não possa ser interrompido. Antes do Ritual, limpe cuidadosamente o local onde ele será realizado, mentalizando que todas as energias negativas estão saindo juntamente com a poeira. Se você tiver uma Vassoura Mágica, use-a.
Tome um banho relaxante. Um banho com pétalas de rosa e algumas gotas de perfume é o ideal. Este Ritual pode ser feito ao ar livre, mas como a pessoa deve estar nua, eu acho melhor fazê-lo num recinto fechado para não atrair curiosos, e, principalmente para não ter problemas com as autoridades.
Você pode seguir à risca o Ritual abaixo, ou usá-lo como base para criar o seu próprio Ritual, o que é bem melhor, pois você deve usar suas próprias palavras para se dirigir aos Deuses, sem ficar copiando ou simplesmente decorando texto elaborados por outras pessoas.
  • Você deve ter em mãos os materiais necessários para o Ritual:
    • Uma vela preta representando a Deusa;
    • Uma vela branca representando o Deus;
  • Quatro velas para os quadrantes, sendo uma vela preta para o quadrante Norte, uma vela branca para o quadrante Sul, uma vela vermelha para o quadrante Leste, e uma vela azul para o quadrante Oeste. Essas são as cores da tradição Celta, se quiser, pode mudá-las;
  • Um incensório com incenso de seu agrado;
  • Um pires com sal marinho;
  • Uma vasilha com água de fonte, de rio, ou se for difícil de conseguir pode ser água mineral comprada. Procure nunca usar em seus Rituais água de torneira;
  • Um Athame, ou um punhal de sua escolha;
  • Um cálice de vinho tinto (caso você não possa ingerir bebidas alcoólicas, substitua por um suco de maçã ou mesmo água);
O Ritual deve ser feito após o crepúsculo. Deixe que o local escolhido receba a luz da Lua por alguns minutos. No dia do Ritual, procure não comer carne e nem tome drogas de espécie alguma. Faça um jejum ou coma frutas e verduras.
Quando for para o Círculo, tenha a certeza de que levou o material necessário para não ter que sair e interromper o Ritual. Se houver outras pessoas na casa, peça para que você não seja interrompido(a) durante aquele período.
Durante o Ritual, você deve estar nu(a), sem jóias ou qualquer outro adorno. Os cabelos devem ficar soltos, se forem compridos. O objetivo do Ritual é nos apresentarmos aos Deuses de forma mais natural possível.
Acendas as velas em seus respectivos quadrantes, que devem ser determinados com o auxílio de uma bússola antes do Ritual. Monte o Altar ao Norte, com a vela da Deusa à esquerda e a vela do Deus à direita.
No Altar também devem estar o Cálice, o Athame, o Sal, a Água e o Incenso, que deve ser aceso na vela da Deusa. Você também pode colocar no Altar coisas que sejam importantes para a sua vida e outros objetos de seu agrado. Lembre-se que a liberdade é a essência da Bruxaria!
Apague as luzes, e deixe que somente a luz das velas ilumine o aposento.
Segure o Athame com ambas as mãos e trace o Círculo Mágico, no sentido horário, começando pelo Norte, diga com energia e máxima concentração:
"Em nome da Deusa, eu traço este Círculo de Proteção! Dele nenhum mal sairá. Dentro dele, nenhum mal poderá entrar. Pelos Guardiões dos Quatro Quadrantes da Terra, eu convido todos os Elementais da Terra, do Ar, do Fogo e da Água para entrarem neste Círculo e me auxiliarem nesta iniciação".
Volte ao Norte, beije a lâmina do seu Athame e coloque-o novamente no Altar. Pegue o Sal, jogue três punhados na Água e diga:
"Abençoado seja o Sal que purifica esta Água".
Segure a vasilha com a água salgada e dê três voltas ao redor do Círculo, em sentido horário, enquanto deixa cair algumas gotas no chão. Volte ao Norte e diga:
"Da mesma forma que o Sal purificou a Água, que minha vida seja purificada pelo Amor da Grande Mãe".
Pegue o Incenso e dê três voltas ao redor do Círculo no sentido horário, volte ao Norte e diga:
"Abençoada seja esta criatura do Ar, que leva até aos Deuses a minha oferenda de Alegria!"
Fique de fronte para o Altar e diga:
"Eu, (diga seu nome completo), compareço diante dos Deuses de minha livre e espontânea vontade, abrindo meu coração para as verdades e ensinamentos da Wicca.
  • Juro perante aos Deuses, jamais usar meus conhecimentos para prejudicar qualquer criatura viva ou para finalidades egoístas.
  • Juro nunca fazer em meus Rituais de Wicca nada que cause dor, sofrimento, humilhação ou medo à nenhuma criatura viva.
  • Juro defender meus irmãos e irmãs na Arte, bem como divulgar a Wicca para todos os que desejarem aprender, sem jamais tentar converter ninguém às minhas crenças ou menosprezar as crenças alheias.
  • Juro amar o Planeta Terra, procurar sempre harmonia com toda a Natureza, e, acima de tudo, colocar sempre a vida humana acima de interesses materiais.
  • Juro nunca prejudicar meus irmãos da Arte, ou revelar seus nomes mágicos, embora eu tenha o direito e a obrigação de me defender contra energias ou pessoas negativas que queiram me prejudicar ou fazer mal aos que eu amo.
  • A partir de agora, não existem nenhuma parte de mim que não seja dos Deuses; portanto, meu corpo é sagrado. Nenhuma parte dele é impura ou vergonhosa. Meu corpo merece todo o respeito, como fonte divina de vida e de prazer.
  • A partir de agora, a verdadeira autoridade sobre mim, virá somente dos Deuses. Não aceitarei nenhum tipo de opressão, nem ficarei do lados daqueles que oprimem meus semelhantes em busca de poder.
  • A partir de hoje, lutarei para que a justiça do Deus e Amor da Deusa sejam estabelecidos na Terra.
Assim seja!"
Peque o Cálice, derrame um pouco de Vinho no chão e diga:
"Da mesma forma que o vinho se derramou, que o poder me seja tirado se eu não cumprir meu juramento".
Molhe o dedo no Vinho, desenhe um Pentagrama no ponto entre as sobrancelhas e diga:
"Que meus pensamentos sejam guiados pela Luz dos Deuses".
Molhe novamente o dedo e desenhe um Pentagrama em cada pálpebra dizendo:
"Que meus olhos vejam o poder dos Deuses em toda a Natureza".
Molhe o dedo no Vinho, desenhe um Pentagrama na boca dizendo:
"Que minhas palavras sejam para propagar o Amor dos Deuses".
Molhe o dedo, e trace um Pentagrama no seu coração, dizendo:
"Que a grande Mãe esteja em meu coração, para que eu tenha compaixão por todos os seres humanos e por todas as criaturas".
Molhe novamente o dedo e trace um Pentagrama na região do seu sexo, dizendo:
"Que meu sexo seja abençoado pelos Deuses, para que haja fertilidade em minha vida".
Molhe os dedos e trace um Pentagrama em cada um dos seus pés, dizendo:
"Que meus passos me levem pelos caminhos da Felicidade, e que os Deuses guiem todos os meus passos".
Segure o Cálice com ambas as mãos, beba o Vinho, deixando um pouco no fundo e diga:
"Este é o útero da Grande Mãe. Dele eu vim, e para ele voltarei com Alegria! Que assim seja, para o bem de todos!"
Jogue o resto do Vinho no chão.
O Ritual em si, está terminado, mas você ainda pode ficar mais alguns minutos no Círculo para meditar sobre Bruxaria e em todas as promessas assumidas.
Obs: Se você quiser assumir um nome mágico, assim que derramar o Vinho no chão diga:
"De agora em diante, meu nome perante os Deuses é (diga seu nome mágico)".
Este nome deverá ser conhecido somente por você! Dentro de um ano e um dia, você poderá fazer um novo Ritual para confirmar seus votos, mantendo aou alterando seu nome mágico.
O Ritual de Auto-Iniciação é uma data de muita alegria, portanto não fique preocupada(o) se errar algumas palavras ou esquecer alguma coisa. Nem fique preocupada(o) se você não souber falar palavras bonitas. O mais importante é o que está em seu coração e os Deuses conhecem muito bem as palavras ditas com sinceridade. Se você não tiver os materiais necessários ou um ambiente propício, improvise, dentro das suas condições, use sua imaginação, pois o mais importante, o que realmente vale, é o Amor e a Devoção que você sente pelos Deuses.
Fonte: Autor Desconhecido